Os 12 deputados da bancada parlamentar do Chega levantaram cartazes com a cara da líder do Bloco de Esquerda, onde estava escrita a palavra “impunidade”. Isto, depois de o Parlamento confirmar a decisão da Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados de recusar levantar a imunidade parlamentar a Catarina Martins.

O partido de André Ventura queria impedir que os deputados votassem o parecer da comissão, para que a líder do Bloco fosse ouvida e constituída arguida no âmbito de uma queixa apresentada pelo Chega. O partido acusa Catarina Martins de difamação na sequência de declarações proferidas na noite das últimas legislativas, há cerca de um ano.

Na altura, a líder do BE afirmou, referindo-se ao Chega, que "cada deputado racista eleito no parlamento português é um deputado racista a mais”.

Nas conclusões do parecer lê-se que estas declarações “foram proferidas no contexto de confronto político-partidário, pelo que o levantamento da imunidade parlamentar teria a virtualidade de limitar o livre exercício do mandato parlamentar da senhora deputada Catarina Martins”.

No documento, refere-se também que este caso se enquadra naqueles em que o levantamento da imunidade não é obrigatório.

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